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Compartilhando ideias, conquistando ideais... não necessariamente nesta ordem... PS.: Dêem uma olhadinha nos links lá embaixo... e joguem TETRIS, é demais...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Vai um docinho aí???

Fonte da Imagem:


“Ai, que fome! Não, não quero isso. Tô com fome de alguma coisa doce.”



Quantas vezes já não dissemos ou ouvimos alguém falar algo parecido com isso aí em cima? Pois é. Às vezes temos essa misteriosa fome específica de coisas doces ou de coisas salgadas, afinal se estamos com fome porque não serve qualquer coisa?

Isso deixa de ser um mistério tão intrigante e passa a ser mais uma surpreendente característica da vida, quando lembramos da simples e bela ideia do Titio Darwin. O organismo humano foi desenvolvido a partir de muitas variações, que, ao longo do tempo foram criando diversos seres vivos, variações que foram sendo naturalmente selecionadas, de acordo com os benefícios que elas proporcionavam à vida dos indivíduos que as carregavam. Sendo assim, quando pensamos em uma característica humana como a vontade de comer doces ou salgados, temos na verdade que pensar, para que desenvolvemos a vontade de comer doces ou salgados? Por certo é um mecanismo que auxilia o nosso organismo a se manter equilibrado e saudável, vejamos as explicações abaixo.

Para a vontade de comer doces, temos um neurotransmissor (substância que carrega informação de um neurônio para outra célula) chamado serotonina que nos proporciona a sensação de alegria e bem estar. A serotonina é sintetizada a partir do aminoácido triptofano, presente principalmente nas proteínas do leite, do ovo e da carne, mas também em frutas como a banana. Depende da boa absorção do zinco para sua secreção e da presença da vitamina B6 (que tem a sua disponibilidade diminuída pelo uso de anticoncepcionais) para a sua produção. O triptofano tem sua absorção aumentada, assim como todos os aminoácidos, com a liberação de insulina. Ou seja, quando comemos aqueles docinhos, nosso organismo começa a liberar mais insulina para retirar o excesso de açúcar do sangue e, com isso, acaba aumentando a taxa de produção de serotonina. Pois bem, quando estamos muito tensos, ansiosos, ou mesmo chateados com algo, é mais comum termos vontade de comer um docinho, vale lembrar que eles ajudam sim na hora do vestibular, afinal, qual situação poderia nos deixar mais tenso e ansiosos.

Em relação aos salgados, provavelmente a vontade de ingerir alimentos salgados venha de uma baixa nos eletrólitos (sais minerais) do corpo, ou seja, uma desidratação leve. Sabemos que desidratações mais fortes podem levar o indivíduo a sentir vontade de comer sal puro, então, se estiver com uma vontade enorme de comer um salgadinho, mas não estiver afim de ganhar uns quilinhos a mais, beba um isotônico.

Bom, galera! Chega de explicações... Bateu uma fome!!!

Para Saber mais:
http://www.orion.med.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=102:sne&catid=27:orion2&Itemid=53

domingo, 11 de julho de 2010

LESMA CHEGA NA FRENTE



Quem diria que depois de termos passado as nossas vidas ouvindo nossos professores de ciências e biologia afirmando que as plantas fazem fotossíntese e os animais fazem respiração, uma lesma chegaria na frente no grupo dos animais, sendo o primeiro animal fotossintetizante registrado?
Na verdade, é preciso dizer, o conceito muitas vezes transmitido descuidadamente que "as plantas fazem fotossíntese e os animais fazem respiração", é um conceito errado, pois as plantas realizam o processo da fotossíntese e também o da respiração, já os animais apenas respiram, ou apenas respiravam já que a lesminha Elysia chlorotica passou a dominar a "arte" do autotrofismo.
Eu sei, agora você deve estar com aquele sentimento de "minha vida não teve sentido", "tudo que eu acreditava era mentira", mas é assim mesmo, temos que nos acostumar, afinal uma das coisas mais importantes da ciência é não estar cristalizada, é estar pronta para alterar seus conceitos mais importantes, desde que autorizada por fatos recém descobertos.
Tudo bem, é justo querer saber como isto aconteceu. Como esta lesminha alterou uma "verdade absoluta" de tantos anos.
A lesminha em questão (E. chlorotica) passa os primeiros momentos de sua vida alimentando-se assiduamente de uma alga chamada Vaucheria litoranea - até aí normal, até nós comemos algas - mas a questão é que o pequeno molusco consegue conservar os cloroplastos (organela celular responsável pela fotossíntes) inteiros e funcionando dentro de si - taí uma coisa que nós não conseguimos - e estes cloroplastos começam a sintetizar matéria orgânica a partir de gás carbônico e usando energia luminosa.
Mas não é tão simples assim, apenas guardar os cloroplastos não é o suficiente, para fazer a fotossíntese é necessário a presença de um gene denominado psbO, que é encontrado na alga. Durante algum tempo se pensou em como este gene poderia ter sido "roubado" da alga pela lesminha, hoje descobriu-se que a passagem se dá através de vírus que fazem a transmissão de trecho de DNA que contém o psbO.
Com o gene psbO e os cloroplastos tirados da Vaucheria litoranea, a pequena Elysia chlorotica entrou para o GUINES da vida, como o primeiro animal fotossintetizante.
Quem sabe um dia nossa hora do almoço não se resuma a um passeio ao sol.
Até mais!!!
Um grande abraço...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

LEITURA DE MENTES E EPIDEMIA DE BOCEJOS.

              

             Quem nunca quis ler a mente dos outros? Ou mesmo entender por que quando vemos alguém bocejar, temos um impulso incontrolável para repetir o ato?
                A epidemia de bocejos é com certeza um dos grandes mistérios da humanidade, – ao lado de: “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? – pois bem, decidi me aventurar em desvendar os mistérios deste grande enigma da existência humana, com interesse único de promover o bem estar geral dos meus amigos, afinal, como podemos viver bem, sem saber a resposta para estas questões cruciais?
                A leitura de mentes é – ou era – algo místico, ou de ficção científica que era atribuído a personagens como o Prof. Xavier de X-mens (nome machista! E a Vampira, a Lince Negra etc.?), você já se imaginou podendo ler a mente das pessoas, seria uma capacidade útil, principalmente quando sua esposa – ou namorada – fica olhando pra você e diz “você não vai me dizer nada?”, aí você fica olhando com cara de stand by e ela finalmente sai estressada, situação complicada, não é?
                Pois é, duas boas notícias em único texto – você só encontra aqui no meu blog -, os bocejos contagiosos foram explicados e – o mais incrível – você é capaz de ler mentes. Não é brincadeira não, estas duas coisas – e algumas outras – estão associadas a neurônios especiais chamados neurônios espelho que foram encontrados por cientistas na década de 1990. Os cientistas descobriram que um macaquinho do gênero Rhesus – o mesmo usado para descobrir o fator Rh dos tipos sanguíneos – usava um determinado grupo de neurônios para fazer movimentos como levar comida a boca e, quando viam outro macaco ou um dos pesquisadores realizando estes movimentos, acionavam os mesmos neurônios. Pesquisas mais aprofundadas mostraram que nós humanos possuímos vários grupos de neurônios espelho que se distribuem por áreas frontais de nosso cérebro – como o giro frontal inferior o córtex pré-motor – estes neurônios foram associados a várias modalidades do comportamento humano como: imitação, aprendizado de novas habilidade e leitura da intenção de outros humanos – leitura da mente – foram considerados essenciais para a transmissão de cultura e fundamentais para a diferenciação do Homo sapiens para os outros primatas.
                Apesar da visualização de algum movimento acarretar na ativação em nosso cérebro dos mesmos neurônios que nos fazem realizar este movimento, nem sempre isso significa que vamos por em prática este movimento, não vamos começar a correr atrás de alguém que passa correndo pela gente – ainda bem – mas quando vemos alguém com a expressão de quem comeu algo azedo – como o limão – tendemos a reagir a isto – isto explica porque muitas pessoas não conseguem assoviar quando alguém chupa limão.        
Para saber mais:
http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/psicousp/v17n4/v17n4a07.pdf

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A CIÊNCIA

Pois é, aceitei ao desafio de criar um Blog, fui resistente até agora pois achava que seria muito complicado e despenderia muito tempo, mas assisti um filme - a saber: Julie e Julia, com a Meryl Streep - e acabei me empolgando. É impressionante a influência que filmes e outros programas exercem sobre nós, quem não assiste um daqueles filmes sobre alguma modalidade esportiva e não se enche de vontade de começar a praticar, como: praticar boxe depois de Menina de Ouro, ou mesmo de jogar uma partidinha de futebol depois um jogo emocionante, eu que o diga, neste clima de Copa do Mundo, o que me sobrou foi um joelho machucado depois do joguinho de fim de semana, é sempre bom lembrar que eu sou do tipo que joga futebol      religiosamente - uma vez por ano.
Bem, para começar, resolvi escrever algo que estivesse de acordo com o que sou e com o que eu realmente gosto, então, resolvi escrever um Blog sobre ciência.
Vamos lá, espero que dê certo.

Pra começar, o que seria ciência?

Ciência é não se contentar; é querer saber mais que o óbvio; é não querer acreditar, mas sim saber sobre o mundo que vivemos, afinal, é um mundo maravilhoso.
A ciência não é algo para se estudar, é antes disso, um modo de olhar para o mundo, um modo fascinado de olhar para ele, sabendo que cada reação, por mínima que seja, tem uma lógica natural e pode ser explicada. Negar a lógica natural implícita nas coisas é não se entusiasmar com a perfeição do mundo, e, dizer que o mundo é perfeito, e que não podemos entender o que é perfeito é, de certa forma, desrespeitar este mundo.
Quando amamos alguém realmente, nos esforçamos para compreender cada detalhe de sua personalidade, seus gostos, suas reações a diversas ocasiões, saber quando está feliz, quando está preocupado, quando mente e quando não vê a hora de contar uma novidade mas espera que alguém pergunte. Então porque seria diferente com a vida - e agora estou puxando sardinha para a Biologia -?
Todos temos que concordar que a vida é a coisa mais importante que temos, não fosse ela, o que mais acharíamos importante? Baseando-se na ideia de que a vida é a coisa mais importante que temos, o que seria mais significativo que nos esforçarmos sinceramente para compreende-la? Ok, eu concordo que este parágrafo está ficando incomodamente carregado de frases interrogativas, mas não sem propósito, já que é nas perguntas que se esconde o segredo da ciência. Um bom cientista não é nada além de alguém que compreendeu o valor das perguntas, a ponto de se incomodar com a ideia de deixa-las sem respostas. Todos nós, em algum momento de nossas vidas, somos cientistas verdadeiros. Ora, quem nunca se deparou com perguntas impressionantemente bem elaboradas de crianças de 3 anos? É pena que nós adultos não nos tenhamos preparado devidamente para saciar a voracidade intelectual dos pequenos cientistas - tudo bem! Eu sei que estou entrando num grande cliche, mas é verdade. O que fazer? - matamos um cientista toda vez que desviamos de uma pergunta ao invés de respondermos - ou melhor ainda - levarmos a criança a uma pesquisa para descobrir a resposta; matamos um grande cientista quando nos irritamos com as perguntas incessantes, ou quando recomendamos à pequenina, ou ao pequenino, que vão assistir um desenho na teve, que vão brincar ou qualquer coisa assim.
O fulgor inquisitivo das crianças e a própria história da humanidade mostra que a característica mais própria do ser humano é o pensamento científico, de que outra forma teríamos chegado onde chegamos? De que outra forma teríamos construído meios de se comunicar instantaneamente a grandes distâncias? De que maneira teríamos descoberto os mecanismos de ação de doenças letais e sua cura, salvando milhares de vidas? Como poderíamos ter extrapolado os limites de nosso planeta, buscando no universo escuro, respostas sobre nossas origens, buscando seres que sejam parceiros nesta nossa trajetória de busca de conhecimentos, na qual estamos ainda dando os primeiros passos significativos? Não há outra resposta senão o olhar da ciência.
Este é meu primeiro texto neste espaço virtual e - dado que nem mesmo este espaço existiria não fosse o pensamento científico - não consegui pensar em um tema melhor para escrever - tudo bem, confesso que não me esforcei muito -. Não sou um cientista, por enquanto sou apenas um adulto bobo me esforçando para voltar a ter olhos de criança, talvez um dia consiga; talvez um dia eu seja um cientista; mas o que posso afirmar é que sou completamente apaixonado pelo modo científico de ver o mundo, e o que espero, sinceramente, é mostrar a outras pessoas os motivos desta paixão, para que, quem sabe, elas possam compartilha-la comigo.
Um abraço a todos!
Até mais...