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segunda-feira, 5 de julho de 2010

A CIÊNCIA

Pois é, aceitei ao desafio de criar um Blog, fui resistente até agora pois achava que seria muito complicado e despenderia muito tempo, mas assisti um filme - a saber: Julie e Julia, com a Meryl Streep - e acabei me empolgando. É impressionante a influência que filmes e outros programas exercem sobre nós, quem não assiste um daqueles filmes sobre alguma modalidade esportiva e não se enche de vontade de começar a praticar, como: praticar boxe depois de Menina de Ouro, ou mesmo de jogar uma partidinha de futebol depois um jogo emocionante, eu que o diga, neste clima de Copa do Mundo, o que me sobrou foi um joelho machucado depois do joguinho de fim de semana, é sempre bom lembrar que eu sou do tipo que joga futebol      religiosamente - uma vez por ano.
Bem, para começar, resolvi escrever algo que estivesse de acordo com o que sou e com o que eu realmente gosto, então, resolvi escrever um Blog sobre ciência.
Vamos lá, espero que dê certo.

Pra começar, o que seria ciência?

Ciência é não se contentar; é querer saber mais que o óbvio; é não querer acreditar, mas sim saber sobre o mundo que vivemos, afinal, é um mundo maravilhoso.
A ciência não é algo para se estudar, é antes disso, um modo de olhar para o mundo, um modo fascinado de olhar para ele, sabendo que cada reação, por mínima que seja, tem uma lógica natural e pode ser explicada. Negar a lógica natural implícita nas coisas é não se entusiasmar com a perfeição do mundo, e, dizer que o mundo é perfeito, e que não podemos entender o que é perfeito é, de certa forma, desrespeitar este mundo.
Quando amamos alguém realmente, nos esforçamos para compreender cada detalhe de sua personalidade, seus gostos, suas reações a diversas ocasiões, saber quando está feliz, quando está preocupado, quando mente e quando não vê a hora de contar uma novidade mas espera que alguém pergunte. Então porque seria diferente com a vida - e agora estou puxando sardinha para a Biologia -?
Todos temos que concordar que a vida é a coisa mais importante que temos, não fosse ela, o que mais acharíamos importante? Baseando-se na ideia de que a vida é a coisa mais importante que temos, o que seria mais significativo que nos esforçarmos sinceramente para compreende-la? Ok, eu concordo que este parágrafo está ficando incomodamente carregado de frases interrogativas, mas não sem propósito, já que é nas perguntas que se esconde o segredo da ciência. Um bom cientista não é nada além de alguém que compreendeu o valor das perguntas, a ponto de se incomodar com a ideia de deixa-las sem respostas. Todos nós, em algum momento de nossas vidas, somos cientistas verdadeiros. Ora, quem nunca se deparou com perguntas impressionantemente bem elaboradas de crianças de 3 anos? É pena que nós adultos não nos tenhamos preparado devidamente para saciar a voracidade intelectual dos pequenos cientistas - tudo bem! Eu sei que estou entrando num grande cliche, mas é verdade. O que fazer? - matamos um cientista toda vez que desviamos de uma pergunta ao invés de respondermos - ou melhor ainda - levarmos a criança a uma pesquisa para descobrir a resposta; matamos um grande cientista quando nos irritamos com as perguntas incessantes, ou quando recomendamos à pequenina, ou ao pequenino, que vão assistir um desenho na teve, que vão brincar ou qualquer coisa assim.
O fulgor inquisitivo das crianças e a própria história da humanidade mostra que a característica mais própria do ser humano é o pensamento científico, de que outra forma teríamos chegado onde chegamos? De que outra forma teríamos construído meios de se comunicar instantaneamente a grandes distâncias? De que maneira teríamos descoberto os mecanismos de ação de doenças letais e sua cura, salvando milhares de vidas? Como poderíamos ter extrapolado os limites de nosso planeta, buscando no universo escuro, respostas sobre nossas origens, buscando seres que sejam parceiros nesta nossa trajetória de busca de conhecimentos, na qual estamos ainda dando os primeiros passos significativos? Não há outra resposta senão o olhar da ciência.
Este é meu primeiro texto neste espaço virtual e - dado que nem mesmo este espaço existiria não fosse o pensamento científico - não consegui pensar em um tema melhor para escrever - tudo bem, confesso que não me esforcei muito -. Não sou um cientista, por enquanto sou apenas um adulto bobo me esforçando para voltar a ter olhos de criança, talvez um dia consiga; talvez um dia eu seja um cientista; mas o que posso afirmar é que sou completamente apaixonado pelo modo científico de ver o mundo, e o que espero, sinceramente, é mostrar a outras pessoas os motivos desta paixão, para que, quem sabe, elas possam compartilha-la comigo.
Um abraço a todos!
Até mais...

8 comentários:

  1. Ao pensarmos sobre ciência desta maneira, nâo seria ela totalmente dependente de algo sobrenatural (Deus)? Afinal de onde vem "fulgor inquisitivo"?

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  2. Olá, caro amigo...
    Não acredito que minha visão sobre ciência dependa de algo sobrenatural.
    O "fulgor" no caso, dá ideia de intensidade e está relacionado com a grande curiosidade típica de filhotes -principalmente em mamíferos. Os filhotes precisam ser mais "curiosos" para aprender como se virar no mundo sozinhos. Filhotes que não tem este impulso tendem a se dar mal na competição pela vida, o que os coloca sobre o crivo da seleção natural. Sendo assim, o "fulgor inquisitivo" é mais uma característica evolutiva importante que algum tipo de interferência sobrenatural.
    Valeu, grande Verley...
    Fiquei feliz por você ter comentado...
    Espero que continue...
    Grande abraço!!!

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  3. Entendo professor...interessante =D
    Outra pergunta...hehe...curiosidade está intimamente relacionada com o instinto? O que é instinto? =S Opa foram duas

    obrigado por responder

    flw

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  4. Sim a curiosidade é instintiva e o instinto é um conjunto de comportamentos de uma espécie que foram selecionados naturalmente em sua trajetória evolutiva. Por exemplo, uma ave voar ao avistar um predador ou ao ouvir o "grito" da ave que está fazendo a vigia, isto é um comportamento instintivo, ao longo da trajetória evolutiva aves que não tinham este tipo de comportamento eram, provavelmente predadas, e não deram continuidade a seus genes. Entretanto quando se trata de seres humanos, que tem uma forte influência cultural, os comportamentos instintivos, muitas vezes, perdem um pouco a força - mas não completamente. Por exemplo, instintivamente tendemos a nos afastar do perigo quando o encontramos, mas como a sociedade preza a coragem, muitos indivíduos encaram grandes perigos, como praticar esportes de alto risco ou encarar - em uma briga - alguém muito maior.
    Consegui responder?
    Um abraço...

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  5. Sim. A religião ou a sempre presente crença em algo sobrenatural (como disse Salomão "[Deus] Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade" (Eclesiastes 3:11)) entrariam junto com cultura no enfraquecimento das reações institivas? Mas será que ambas não são uma carta na manga dos seres humanos na suposta seleção natural?
    =D
    VLW

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  6. Claro!!!
    Sabemos que a estimulação do lobo temporal humano produz visões "sobrenaturais", uma resposta de, porque isto teria sido desenvolvido no cabedal de adaptações humanas, é que quando o Homo sapiens desenvolveu a consciência de sua existência, desenvolveu também a consciência de que em um dado momento deixa de existir, a criação de um sistema cerebral que o fizesse acreditar na existência de algo sobrenatural, foi um meio de proteger a espécie. Os indivíduos que não apresentavam este sistema, não tinham motivações para lutar pela vida e eram eliminados pela seleção natural...
    É isso...

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  7. Compreendo seu ponto de vista,
    obrigado por responder.

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"Posso não concordar com nada do que diz, mas lutarei até a morte pelo seu direito de dizer"
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