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Compartilhando ideias, conquistando ideais... não necessariamente nesta ordem... PS.: Dêem uma olhadinha nos links lá embaixo... e joguem TETRIS, é demais...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

LEITURA DE MENTES E EPIDEMIA DE BOCEJOS.

              

             Quem nunca quis ler a mente dos outros? Ou mesmo entender por que quando vemos alguém bocejar, temos um impulso incontrolável para repetir o ato?
                A epidemia de bocejos é com certeza um dos grandes mistérios da humanidade, – ao lado de: “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? – pois bem, decidi me aventurar em desvendar os mistérios deste grande enigma da existência humana, com interesse único de promover o bem estar geral dos meus amigos, afinal, como podemos viver bem, sem saber a resposta para estas questões cruciais?
                A leitura de mentes é – ou era – algo místico, ou de ficção científica que era atribuído a personagens como o Prof. Xavier de X-mens (nome machista! E a Vampira, a Lince Negra etc.?), você já se imaginou podendo ler a mente das pessoas, seria uma capacidade útil, principalmente quando sua esposa – ou namorada – fica olhando pra você e diz “você não vai me dizer nada?”, aí você fica olhando com cara de stand by e ela finalmente sai estressada, situação complicada, não é?
                Pois é, duas boas notícias em único texto – você só encontra aqui no meu blog -, os bocejos contagiosos foram explicados e – o mais incrível – você é capaz de ler mentes. Não é brincadeira não, estas duas coisas – e algumas outras – estão associadas a neurônios especiais chamados neurônios espelho que foram encontrados por cientistas na década de 1990. Os cientistas descobriram que um macaquinho do gênero Rhesus – o mesmo usado para descobrir o fator Rh dos tipos sanguíneos – usava um determinado grupo de neurônios para fazer movimentos como levar comida a boca e, quando viam outro macaco ou um dos pesquisadores realizando estes movimentos, acionavam os mesmos neurônios. Pesquisas mais aprofundadas mostraram que nós humanos possuímos vários grupos de neurônios espelho que se distribuem por áreas frontais de nosso cérebro – como o giro frontal inferior o córtex pré-motor – estes neurônios foram associados a várias modalidades do comportamento humano como: imitação, aprendizado de novas habilidade e leitura da intenção de outros humanos – leitura da mente – foram considerados essenciais para a transmissão de cultura e fundamentais para a diferenciação do Homo sapiens para os outros primatas.
                Apesar da visualização de algum movimento acarretar na ativação em nosso cérebro dos mesmos neurônios que nos fazem realizar este movimento, nem sempre isso significa que vamos por em prática este movimento, não vamos começar a correr atrás de alguém que passa correndo pela gente – ainda bem – mas quando vemos alguém com a expressão de quem comeu algo azedo – como o limão – tendemos a reagir a isto – isto explica porque muitas pessoas não conseguem assoviar quando alguém chupa limão.        
Para saber mais:
http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/psicousp/v17n4/v17n4a07.pdf

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A CIÊNCIA

Pois é, aceitei ao desafio de criar um Blog, fui resistente até agora pois achava que seria muito complicado e despenderia muito tempo, mas assisti um filme - a saber: Julie e Julia, com a Meryl Streep - e acabei me empolgando. É impressionante a influência que filmes e outros programas exercem sobre nós, quem não assiste um daqueles filmes sobre alguma modalidade esportiva e não se enche de vontade de começar a praticar, como: praticar boxe depois de Menina de Ouro, ou mesmo de jogar uma partidinha de futebol depois um jogo emocionante, eu que o diga, neste clima de Copa do Mundo, o que me sobrou foi um joelho machucado depois do joguinho de fim de semana, é sempre bom lembrar que eu sou do tipo que joga futebol      religiosamente - uma vez por ano.
Bem, para começar, resolvi escrever algo que estivesse de acordo com o que sou e com o que eu realmente gosto, então, resolvi escrever um Blog sobre ciência.
Vamos lá, espero que dê certo.

Pra começar, o que seria ciência?

Ciência é não se contentar; é querer saber mais que o óbvio; é não querer acreditar, mas sim saber sobre o mundo que vivemos, afinal, é um mundo maravilhoso.
A ciência não é algo para se estudar, é antes disso, um modo de olhar para o mundo, um modo fascinado de olhar para ele, sabendo que cada reação, por mínima que seja, tem uma lógica natural e pode ser explicada. Negar a lógica natural implícita nas coisas é não se entusiasmar com a perfeição do mundo, e, dizer que o mundo é perfeito, e que não podemos entender o que é perfeito é, de certa forma, desrespeitar este mundo.
Quando amamos alguém realmente, nos esforçamos para compreender cada detalhe de sua personalidade, seus gostos, suas reações a diversas ocasiões, saber quando está feliz, quando está preocupado, quando mente e quando não vê a hora de contar uma novidade mas espera que alguém pergunte. Então porque seria diferente com a vida - e agora estou puxando sardinha para a Biologia -?
Todos temos que concordar que a vida é a coisa mais importante que temos, não fosse ela, o que mais acharíamos importante? Baseando-se na ideia de que a vida é a coisa mais importante que temos, o que seria mais significativo que nos esforçarmos sinceramente para compreende-la? Ok, eu concordo que este parágrafo está ficando incomodamente carregado de frases interrogativas, mas não sem propósito, já que é nas perguntas que se esconde o segredo da ciência. Um bom cientista não é nada além de alguém que compreendeu o valor das perguntas, a ponto de se incomodar com a ideia de deixa-las sem respostas. Todos nós, em algum momento de nossas vidas, somos cientistas verdadeiros. Ora, quem nunca se deparou com perguntas impressionantemente bem elaboradas de crianças de 3 anos? É pena que nós adultos não nos tenhamos preparado devidamente para saciar a voracidade intelectual dos pequenos cientistas - tudo bem! Eu sei que estou entrando num grande cliche, mas é verdade. O que fazer? - matamos um cientista toda vez que desviamos de uma pergunta ao invés de respondermos - ou melhor ainda - levarmos a criança a uma pesquisa para descobrir a resposta; matamos um grande cientista quando nos irritamos com as perguntas incessantes, ou quando recomendamos à pequenina, ou ao pequenino, que vão assistir um desenho na teve, que vão brincar ou qualquer coisa assim.
O fulgor inquisitivo das crianças e a própria história da humanidade mostra que a característica mais própria do ser humano é o pensamento científico, de que outra forma teríamos chegado onde chegamos? De que outra forma teríamos construído meios de se comunicar instantaneamente a grandes distâncias? De que maneira teríamos descoberto os mecanismos de ação de doenças letais e sua cura, salvando milhares de vidas? Como poderíamos ter extrapolado os limites de nosso planeta, buscando no universo escuro, respostas sobre nossas origens, buscando seres que sejam parceiros nesta nossa trajetória de busca de conhecimentos, na qual estamos ainda dando os primeiros passos significativos? Não há outra resposta senão o olhar da ciência.
Este é meu primeiro texto neste espaço virtual e - dado que nem mesmo este espaço existiria não fosse o pensamento científico - não consegui pensar em um tema melhor para escrever - tudo bem, confesso que não me esforcei muito -. Não sou um cientista, por enquanto sou apenas um adulto bobo me esforçando para voltar a ter olhos de criança, talvez um dia consiga; talvez um dia eu seja um cientista; mas o que posso afirmar é que sou completamente apaixonado pelo modo científico de ver o mundo, e o que espero, sinceramente, é mostrar a outras pessoas os motivos desta paixão, para que, quem sabe, elas possam compartilha-la comigo.
Um abraço a todos!
Até mais...